quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Egito: Metalúrgicos no Canal de Suez em greve


Comentário entreouvido na Vila Vudu

Esse negócio de "revolução de jovens" já tava dando no saco. 

Tudo bem que os jovens estejam lá na praça Tahrir e é ótimo que estejam e estamos com eles, mas quem pensar que jovens sozinhos salvarão o mundo, desistam. Pra começo de conversa, enfrentar a polícia na rua é coisa que transforma qquer jovem em, no mínimo, pessoa adulta. Virar adulto é o melhor que pode acontecer a qualquer “jovem”. 

Papim de “jovem”, “idoso”, “infância”, “mulher” é papim DE MERCADO e de publicidade.

Uma das utilidades da burca, por exemplo, é que desaparecem todas as diferenças, de idade, sexo, cor da pele e tal e tal, as quais, é claro, persistem, mas não dão bandeira.

Os metalúrgicos TAMBÉM estão empurrando, no Egito. Muitos é muitos. Só a luta ensina.

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9/2/2011, Said Abdel Naby, Ahram Online, Egito
Traduzido pelo Coletivo da Vila Vudu

Metalúrgicos e trabalhadores de cinco estaleiros no Canal de Suez continuam em greve. Até agora não se registraram confrontos com a polícia. 

No que parece ser uma escalada na agitação social em Suez, metalúrgicos e trabalhadores de cinco estaleiros, em empresas estatais e na Egyptian Steel na região da Autoridade Portuária do Canal de Suez continuam em greve, com manifestações pacíficas de reivindicação de direitos que os trabalhadores alegam que lhes são negados.

Aly Hussein, trabalhador de um dos estaleiros, confirmou a paralisação de protesto contra a empresa que se recusa a garantir assistência a trabalhadores que sofrem de doenças crônicas e que, apesar da doença, são obrigados a continuar trabalhando. 1.500 trabalhadores participaram da paralisação.

Na Fábrica Nacional de Aço, os 500 trabalhadores acusaram a gerência de não respeitar direitos dos trabalhadores. “Aqui, trabalhamos há seis anos sob condições ilegais e desumanas, e nada muda. Não continuaremos calados” – disse Mohammed Sayed, metalúrgico.

Os trabalhadores da Egyptian Steel por sua vez, organizaram uma manifestação, depois de terem bloqueado a estrada que dá acesso à fábrica. Os trabalhadores reclamam que seu salário é o mais baixo do país, embora trabalhem em condições insalubres, expostos a altos índices de poluição.

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